Há três anos que resido no Lar Vale de Lobos.

Foto-testemunhoCada vez me sinto mais feliz e mais agradecida a Deus por me ter deparado uma casa que considero de facto, o meu novo lar.

Tudo aqui me encanta: a camaradagem que há entre todos nós incluindo, o pessoal; o ambiente alegre e desinibido que nos faz ter momentos hilariantes de boa disposição, especialmente, quando todos reunidos, nos preparamos para as nossas atividades socioculturais; as nossas festas e os trabalhos que realizamos para abrilhantar todas as datas solenes do nosso calendário: natal, dia da mãe, dia do pai, dia da mulher, carnaval, marchas populares, etc etc. Eu tomo sempre parte em todas estas brincadeiras porque sou muito sociável e, acho que, embora idosos, devemos tentar sempre ser alegres, colaborantes e fazermos do nosso fim de vida não uma tragédia mas uma fase que tem a sua beleza e mostrarmos aos nossos filhos que eles podem estar descansados porque estamos numa casa onde nos tratam bem e somos acarinhados.

Temos uma boa alimentação, embora algumas vezes, tal como em nossas casas, não seja tanto do agrado deste ou daquele.

A rodear o edifício temos um jardim maravilhoso onde nos dias lindos passamos as nossas tardes em alegre convívio. Há ainda o terraço, enorme pegado ao jardim, cheio de sol desde que nasce até ao anoitecer, onde passo as manhãs a passear e a apanhar banhos de sol, acabando por ficar a ler até ao almoço.

As funcionárias são todas muito simpáticas, procuram sempre o possível por atender as nossas reclamações e, sobretudo, são muito meigas e carinhosas para aqueles que mais precisam.

Tenho um quarto maravilhoso donde domino grande parte da aldeia de Vale de Lobos. Está mobilado a meu gosto e é aí que nos momentos “livres” escrevo, leio e, às vezes, vejo um ou outro programa de televisivo. Sinto-me feliz porque considero, de facto, este lar maravilhoso, a minha verdadeira casa.

Mas olhem que também sou refilona e se alguma coisa não me agrada, reclamo…

Mas sou sempre bem atendida e só tenho que agradecer a todos, desde a administração, aos médicos, enfermeiros, funcionários e, como os últimos são os primeiros, a todos os meus companheiros de convívio que sempre me trataram com o maior carinho e aturam com paciência as minhas brincadeiras.

Quero fechar esta minha vivência com uma palavra muito carinhosa para a nossa Animadora a quem, carinhosamente, apenas tratamos por Sofia, pela dinâmica e inteligência com que dirige os nossos trabalhos socioculturais que, pelo menos para mim, são os mais felizes do nosso lar.

Lúcia Malaquias Pereira, 19 deJunho de 2015